FORMAÇÃO MISSIONÁRIA



SUGESTÕES PASTORAIS PARA A MISSÃO CONTINENTAL
1. Objetivos
1.1. Objetivo geral:
Abrir-se ao impulso do Espírito Santo para promover a consciência e a ação missionária permanente dos discípulos mediante a Missão Continental.

1.2. Objetivos específicos:
1.2.1. Fomentar uma formação kerigmática, integral e permanente dos discípulos missionários que, seguindo as orientações de Aparecida, impulsione uma espiritualidade de ação missionária, tendo como eixo a vida plena de Jesus Cristo;

1.2.2. Promover uma profunda conversão pessoal e pastoral de todos os agentes de pastoral e evangelizadores, para que, com atitudes de discípulos, todos possam recomeçar desde Cristo uma vida nova no Espírito, inserida na comunidade eclesial;

1.2.3. Contribuir para que as comunidades, organizações, associações e movimentos eclesiais se ponham em estado de missão permanente, a fim de chegar até aos setores mais afastados da Igreja, aos indiferentes e descrentes;

1.2.4. Comunicar que a vida plena em Cristo é um dom e um serviço que se oferece à sociedade e às pessoas que a compõem para que possam crescer e superar suas dores e conflitos com um profundo sentido de humanidade.

2. Itinerário da Missão
A missão se realizará em quatro etapas, seguindo os critérios de simultaneidade (podem sobrepor-se), da flexibilidade (segundo as circunstâncias locais) e de irradiação (se sustentam umas às outras).
Haverá um tempo introdutório de sensibilização e conversão pastoral da Igreja, de aprofundamento de Aparecida, afim de que seu conteúdo seja estudado, refletido e assimilado em todas as instâncias eclesiais.

Etapa 1: Sensibilização dos agentes de pastoral e evangelizadores

Etapa 2: Aprofundamento com Grupos prioritários

Etapa 3: Missão setorial

Etapa 4: Missão territorial

Os missionários formados nas etapas 1 e 2 são os agentes evangelizadores para a Missão setorial (Etapa 3) e territorial (etapa 4).

3. Destinatários da Missão
Todos os cristãos são, ao mesmo tempo, destinatários e sujeitos da missão. É necessário levar em conta que o discípulo se forma para a missão e, por sua vez, a missão forma o discípulo.
Por isso, ao realizar a ação missionária, ao mesmo tempo que os discípulos se renovam na vida de Jesus Cristo, se preparam também para levar a Boa Notícia a todos os povos.

Etapa 1: Missão com agentes de pastoral e evangelizadores
A fim de que sejam os pastores, os animadores e responsáveis das comunidades, os primeiros a assumirem este desafio de discipulado missionário. Trata-se dos Bispos – Presbíteros – Diáconos permanentes – Vida religiosa e consagrada, incluindo Vida monástica e contemplativa – Leigos mais comprometidos das distintas áreas pastorais – Dirigentes de movimentos e comunidades – Seminários e Casas de formação – Conselhos de pastoral – Dirigentes de grupos, organizações, instituições, colégios, universidades católicas.

Etapa 2: Missão com grupos prioritários
Exige uma conversão pessoal e pastoral dos membros de grupos, movimentos e associações
para que passem logo a evangelizar os diversos setores da comunidade.
Dirigida a grupos pastorais prioritários: a título de exemplo nomeamos alguns: Missão em espaços virtuais – Colégios e Universidades Católicas – Educadores, Catequistas – Diversas áreas pastorais – Organizações de profissionais católicos – Grupos de pastoral indígena e afro descendente – Confrarias, Irmandades, Movimentos e Comunidades.

Etapa 3: Missão setorial
Dirigida aos diversos setores da sociedade. A título de exemplo nomeamos alguns: Acadêmicos – Educadores e mundo da educação – Jovens – Empresários e trabalhadores – Comunicadores e todo o âmbito virtual – Políticos – Mundo castrense e policial – Mundo da saúde – Mundo carcerário – Organizações de voluntariado.

Etapa 4: Missão territorial
Dirigida à pastoral territorial: Paróquias – Famílias – Comunidades Eclesiais de Base – Pequenas comunidades – Organizações comunitárias civis: grupos de vizinhos, clubes esportivos, ONGs.
Nesta etapa é necessário ter em conta os afastados, indiferentes e descrentes.

4. Signos e gestos comuns: expressão de comunhão e simultaneidade da Igreja na Missão Continental.

4.1. Lançamento oficial da Missão no CAM3 (17 de Agosto de 2008).

4.2. Entrega da Bíblia e do Tríptico com breve catequese sobre seu significado, especialmente a modo de um “altar familiar” para cada lar.

4.3. Oração para a Missão Continental.

4.4. Logotipo (de Aparecida).

4.5. Elenco de canções missionários e eventualmente um Hino baseado na oração oficial que se pode fazer através de concursos nacionais.

4.6. Algumas celebrações de grandes festas litúrgicas com sentido missionário:
⎯Epifania;
⎯Páscoa;
⎯Pentecostes;
⎯Festa Mariana de cada país.

4.7. Produção e intercâmbio de subsídios formativos missionários.

4.8. Material de divulgação: Pôster sobre a missão; Spots para televisão e rádio;
Página Web sobre a missão; Vídeos sobre a Missão (feitos com os tempos de TV).

4.9. Um gesto significativo em matéria social em cada país.

5. Funções na Missão Continental

5.1. Funções das Conferências Episcopais:
⎯Dar orientações pastorais em chave de Missão Continental (sintonia e sincronia) para que todas as circunscrições eclesiásticas se ponham em estado de missão permanente;
⎯Criar uma comissão central para animar a missão em nível nacional;
⎯Elaborar os subsídios que considerem pertinentes para a formação dos agentes de pastoral e evangelizadores para a realização do projeto missionário;
⎯Revisar ou elaborar as Linhas ou Diretrizes Pastorais Gerais à luz de Aparecida em ordem à formação e ação de discípulos missionários;
⎯Preparar equipes em nível nacional para dirigir retiros espirituais, tendo como base
Aparecida;
⎯Criar centros missionários em nível nacional.

5.2. Funções das Dioceses:
“A Diocese, em todas as suas comunidades e estruturas, é chamada a ser comunidade missionária”(DA 168) e, por tanto, o sujeito da missão.
⎯Revisar o plano pastoral à luz de Aparecida a fim de dar-lhe uma grande renovação missionária que contemple como sinal de maturidade, a missão ad gentes. A Missão
Continental deve abrir as pessoas para ir além fronteiras;
⎯Criar uma comissão central que se encarregue de animar a missão diocesana;
⎯Elaborar os subsídios que considerem pertinentes para a formação de agentes de pastoral e evangelizadores para a realização do projeto missionário;
⎯Oferecer uma proposta de cursos de preparação e de Exercícios espirituais para os agentes de pastoral e evangelizadores em cada uma das etapas;
⎯Realizar um trabalho conjunto com as dioceses vizinhas, em nível de províncias eclesiásticas, com um sentido de comunhão eclesial.

5.3. Funções do CELAM para a Missão:
⎯Apoiar a preparação e seguimento da Missão Continental;
⎯Oferecer uma proposta de cursos de preparação e de exercícios espirituais para agentes de pastoral e evangelizadores em cada uma de suas etapas, em coordenação com o ITEPAL e o CEBIPAL;
⎯Dispor de uma equipe que possa ser convidada pelas Conferências Episcopais para a difusão dos conteúdos de Aparecida;
⎯Difundir subsídios existentes e elaborar outros dirigidos a cada um dos setores de agentes de pastoral e evangelizadores;
⎯Oferecer informações sobre as experiências missionárias que se levaram a cabo e que estão sendo realizadas no Continente, contando com o apoio do Observatório Pastoral;
⎯Elaborar os materiais catequéticos e litúrgicos para a missão que sejam comuns à Igreja da América Latina e do Caribe.
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